Antônio Lima dos Santos, uma das figuras mais emblemáticas da história do Santos Futebol Clube, faleceu aos 82 anos, deixando uma trajetória marcante no cenário esportivo. Sua carreira, que abrangeu várias posições, consolidou-se como referência de versatilidade e dedicação à equipe santista. Lima sempre demonstrou enorme paixão pelo time, dedicando-se intensamente dentro e fora de campo, sendo constantemente lembrado como um dos grandes ídolos do clube.
Lima era conhecido por sua extraordinária capacidade de adaptação, atuando como zagueiro, lateral, meia e até atacante, sempre com a mesma entrega e qualidade. Em suas próprias palavras, ele faria qualquer coisa para garantir o sucesso do Santos, e seu compromisso com o clube permaneceu inabalável até seus últimos dias.
Carreira de Lima, ídolo do Santos
Nascido em São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, em 1942, Lima iniciou sua carreira no futebol profissional aos 16 anos pelo Juventus. Em 1961, foi contratado pelo Santos, graças à indicação do técnico Lula, juntando-se ao time que é amplamente considerado um dos melhores de todos os tempos. Sua presença foi crucial nos títulos mundiais de 1962 e 1963, onde demonstrou seu talento em campo e se firmou como um dos pilares do time.
Lima também representou a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, impressionando com sua performance ao não ser substituído em nenhuma partida. Reconhecido por sua regularidade e técnica, ele se tornou um dos jogadores fundamentais na equipe nacional.
Ao longo de seus dez anos no Santos, Lima participou de 692 jogos e marcou 63 gols, tornando-se o quarto jogador que mais vezes vestiu a camisa santista. Ele foi peça chave na conquista de 22 títulos oficiais, incluindo os Mundiais de 1962 e 1963, as Libertadores de 1962 e 1963, e o Campeonato Brasileiro em seis edições entre 1961 e 1968. Seu sucesso no clube também incluiu diversos títulos estaduais e regionais, além de importantes conquistas internacionais, como a Recopa Sul-Americana e a Recopa Mundial em 1968.
Após encerrar sua carreira como jogador, Lima dedicou-se a novos desafios no próprio Santos. Ele atuou como coordenador e treinador nas categorias de base do clube, compartilhando sua vasta experiência e ajudando a moldar novas gerações de jogadores. Seu legado foi além das quatro linhas, servindo de inspiração para muitos jovens atletas que passaram pelo clube.
Lima também fazia questão de participar de eventos e ações institucionais do Santos, mantendo-se próximo dos torcedores e sempre promovendo a história rica do equipe. Sua presença era constante nos encontros de ídolos eternos, reforçando seu vínculo inquebrável com o time e seus seguidores.