O cenário do futebol é frequentemente moldado por histórias de triunfos, mas também há narrativas carregadas de desafios. O caso de Lucas Pássaro, ex-jogador da base do Santos, segue essa segunda vertente. Aos 20 anos, Pássaro viu seu sonho de jogador ser interrompido após uma grave lesão no joelho, obrigando-o a mudar drasticamente sua trajetória de vida.
Lucas Pássaro começou sua carreira ao lado de nomes promissores como Endrick, na base do Palmeiras, antes de se transferir para o Santos em 2019. Entretanto, sua carreira foi prejudicada dois anos depois, devido a uma lesão durante um treino no clube paulista. Essa lesão tornou-se o centro de uma disputa judicia.
Alegações de Lucas Pássaro contra o Santos
No processo judicial contra o Santos, Pássaro alegou que após ser diagnosticado com tendinite patelar, foi forçado a continuar os treinos sem a devida adequação recomendada pelo corpo médico. Ele afirmou que o clube ignorou as orientações médicas, impondo cargas excessivas de fisioterapia e mantendo-o em ativa participação nos treinos e competições. De acordo com Pássaro, essas práticas somente agravaram sua condição, culminando na sua dispensa da Vila Belmiro.
A falta de condições financeiras para o tratamento e a dificuldade em encontrar oportunidades em outros clubes levaram Pássaro a buscar formas alternativas de sustento, o que incluiu trabalhar como entregador de pão. A busca por justiça resultou na solicitação de indenização por danos materiais, morais e pela perda de uma chance de seguir a carreira esportiva. Ele também requereu que o Santos custeasse seu tratamento fisioterapêutico.
O Santos argumentou que Lucas Pássaro não seguiu corretamente as recomendações médicas prescritas e negou qualquer agravamento das condições de saúde devido aos treinos realizados no clube. Além de negar tais acusações, o clube destacou a prescrição do caso, defendendo-se das alegações de negligência e descumprimento das orientações médicas apresentadas no processo judicial.
A sentença emitida pela 4ª Vara Cível de Santos, sob a jurisdição do juiz Frederico dos Santos Messias, foi favorável ao clube. A corte concluiu que não havia evidências suficientes para comprovar que os procedimentos do Santos foram responsáveis pelo agravamento da lesão de Pássaro. Portanto, o pedido de indenização feito pelo ex-jogador foi negado.