O ex-jogador do Corinthians, Ramiro, recentemente retomou uma ação judicial contra o clube paulista devido a um acordo financeiro não cumprido. Essa situação surgiu inicialmente durante a gestão de Andrés Sanchez, quando Ramiro foi contratado pelo Corinthians no início de 2019. Na época, o acordo estipulava uma série de condições financeiras, sem custos iniciais de transferência, mas com obrigações que o clube deveria honrar posteriormente.
A relação contratual entre o Corinthians e o empresário de Ramiro, Giuliano Bertolucci, também influenciou a estrutura do acordo. O clube possuía a opção de adquirir 70% dos direitos econômicos do jogador ao longo do tempo, condição que acabou originando uma dívida substancial. Quando o clube optou por adquirir os direitos, as dificuldades financeiras se apresentaram, intensificadas por juros e correções monetárias.
Dívida do Corinthians com Ramiro
O imbróglio judicial atual gira em torno de uma quantia que o Corinthians ainda deve a Ramiro. Inicialmente, um acordo foi feito para o pagamento de R$ 6 milhões em 24 parcelas mensais de R$ 250 mil cada. Contudo, o clube conseguiu amortizar apenas 14 parcelas e atualmente atrasa duas, resultando em um saldo pendente. Além disso, o pagamento também inclui um montante de R$ 600 mil que deveria ser pago aos advogados de Ramiro.
Os problemas financeiros do Corinthians se tornaram aparentes quando o total da dívida, inicialmente estimada em cerca de R$ 13 milhões, ascendeu a R$ 43,2 milhões devido a juros acumulados e correções financeiras.
A sequência de atrasos nos pagamentos pode desencadear consequências mais severas para o Corinthians. Inicialmente, havia a estipulação de que, em caso de atraso em três parcelas consecutivas, o clube deveria efetuar o pagamento total do acordo pendente. Embora o clube tenha realizado o pagamento da parcela de novembro depois de um acionamento judicial, a dívida de dezembro permanece.
Com a dívida ainda por resolver e o potencial de ações adicionais se complicando, o clube enfrenta o risco de ter que desembolsar uma grande soma de dinheiro em um prazo muito curto. Este cenário adiciona uma pressão sobre o Corinthians, já sobrecarregado financeiramente, o que pode influenciar em outras áreas operacionais e negociações futuras.