A perspectiva de retorno de Neymar ao Santos tem sido um ponto de discussão entre os torcedores e a diretoria do clube. A possibilidade de que o jogador e seu pai, Neymar Santos, adquiram a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, adiciona uma camada de complexidade a este cenário. Tal movimento poderia transformar o clube em uma potência continental, mas as opiniões divergem quanto a essa possível transação.
Com um potencial retorno programado para 2025, Neymar estabeleceu como condição o controle sobre a SAF do Santos. A ideia, no entanto, encontra resistência do atual presidente, Marcelo Teixeira, que não é um defensor da conversão do clube em uma sociedade anônima. Este contraste de interesses, se não resolvido, pode postergar ou até inviabilizar o retorno de Neymar sob os termos desejados.
Motivo da hesitação do Santos pela SAF
A hesitação do Santos em adotar o modelo de SAF se deve, principalmente, às implicações de governança que acompanham essa transformação. Transformar o clube em uma sociedade anônima não só altera a estrutura administrativa, como também transfere uma parte significativa do poder de decisão para as mãos dos investidores. Este ponto de vista é compartilhado por segmentos do clube que temem a perda de sua identidade e autonomia.
Além disso, dentro da tradição do futebol brasileiro, clubes geridos por associações esportivas têm mantido seus modelos por décadas. Para opositores da ideia, a conversão para uma SAF poderia prejudicar essa herança, além de colocar o controle do clube em mãos de investidores que talvez não compartilhem os mesmos valores.
No entanto, o modelo proposto não é isento de desafios. As dúvidas se concentram na gestão de Neymar fora das quatro linhas. Sua performance nos clubes anteriores levantou questões sobre seu profissionalismo, o que pode se traduzir em preocupações sobre sua capacidade de liderança como proprietário. Críticas de conselheiros influentes refletem tais incertezas, ressaltando a importância de uma administração sólida e comprometida.
Além disso, a influência pré-existente de Neymar pai nas relações comerciais do Santos, como exemplificado pelo patrocínio da Blaze, sugere um alvo mais complexo de interesses cruzados que precisam ser cuidadosamente gerenciados.